terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Poema a Mãe de Deus [por Santa Faustina]



Ó Doce Mãe de Deus,
Vós sois o modelo da minha vida,
Vós sois minha aurora brilhante,
Em Vós mergulho toda enlevada.

Ó Mãe, Virgem Imaculada,
Em Vós vejo refletido um raio de Deus.
Vós me ensinais como amar o Senhor, em meio as tempestades.
Vós sois o meu escudo e defesa contra o inimigo.
                                                   [D. 1232]

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Morte do escravo do mundo e do escravo do amor

Dois homens estarão trabalhando no campo; um será levado e o outro será deixado
Vigiai portanto pois não sabeis em que dia virá o Senhor. (MT 24, 40. 42)

Seria melhor evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje como estarás amanhã? (Imitação de Cristo I, 23, 7-8)

Oração: Virgem Santissima,  em quem colocamos toda confiança, transformai as amarguras da vida terrena com a vossa doçura. O tentador quer nos lançar no desespero, mas o Vosso Amor terníssimo há de dissipar estas trevas. Esperaça de nossa vida, conduzi-nos a eternidade. Amém!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012





Eis a Cruz de Cristo, Fugi potências inimigas


Não peço gozos, nem mesmo espirituais pois é privilégio vosso ver claramente sem trevas.
A mim basta-me a Tua intercessão, já serei rica o bastante se Tu ó bondosissíma Mãe levar-me a Jesus

Trate-me como a última de vossas filhas e como a maia obediente de vossas escravas





domingo, 15 de julho de 2012

Nossa Senhora do Carmo                       
A Virgem do Santo Escapulário
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Os primeiros carmelitas, em fins do século XII depois de Cristo (mais de dois mil anos depois da vida do profeta Elias) decidiram formar uma comunidade no Monte Carmelo. O Monte Carmelo é conhecidíssimo pela sua beleza, o nome significa "jardim". Os primeiros monges eram cavaleiros cruzados, que cansados da violência e injustiça daquelas guerras para conquistar a Terra Santa das mãos dos mouros, ali se refugiaram, sedentos de uma vida mais autenticamente evangélica. Atraídos ao Monte Carmelo, pela fama e tradição do profeta Elias, ali fundaram uma capela e em torno dela construíram seus quartos ou "celas". Isto foi por volta de 1155, dedicaram-se a uma vida de penitência e reparação pelos abusos dos cruzados; exercitavam-se na prática da oração e união com Deus e a trabalhos manuais. Escolheram Elias como Pai Espiritual e exemplo de vida monástica de oração e testemunho Profético em meio a um mundo dominado pelas injustiças.
Dedicaram a capelinha à Virgem Maria e sob sua proteção dedicaram-se à imitação de suas virtudes, procurando levar uma vida fixa em Deus. Chamaram a Maria "Senhora" do lugar, segundo os costumes feudais, e renderam a Ela serviço de dedicada doação dos primeiros carmelitas: Homens simples, irmãos, sem muita instrução. Os peregrinos e cruzados que os visitaram, começaram a chamá-los IRMÃOS DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA DO MONTE CARMELO. Receberam este titulo por causa da capela dedicada a Maria; figura central na vida daqueles monges, que levavam uma vida contemplativa, a serviço do Senhor, a exemplo de Elias.
 
  ORGANIZAÇÃO
 
  Mais ou menos no ano de 1209, os irmãos decidiram formalizar a sua vida, pedindo uma Regra de vida ao bispo Alberto, patriarca de Jerusalém, homem piedoso e conhecido pela sua sabedoria e prudência. Alberto levando em consideração as tradições deste pequeno grupo de monges, escreveu-lhes uma Regra muito simples, que os Carmelitas observam até hoje. Com o tempo, quando já na Europa, viajaram a Roma para apresentar ao papa o pedido de aprovação da nova Ordem. No ano de 1226, o Papa Honório I1I concedeu a aprovação oficial da Igreja à ORDEM DOS IRMÃOS DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA DO MONTE CARMELO. É este o titulo com que a ordem se apresenta até os dias de hoje. Com esta aprovação os irmãos viveram a sua vida de oração e trabalho, com o ideal de se unir continuamente ao Senhor, a dia todo e em cada obra, a exemplo de Elias, seu Pai Espiritual, e de sua Mãe e protetora, a Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe do Carmelo.
  A sua tranqüilidade foi interrompida por ocasião da segunda investida dos mouros, por volta do ano de 1235. Os mouros retornaram a Terra Santa movendo feroz perseguição contra os cristãos. Os carmelitas dividiram-se em dais grupos: um, que Permaneceu no Monte Carmelo; os monges foram massacrados e o mosteiro incendiado; o segundo grupo refugiou-se na Sicília, Creta, Itália e finalmente na Inglaterra, no ano de 1238.
 
A APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
AYLESFORD – INGLATERRA
 
Na Inglaterra, os irmãos fundaram um mosteiro em Aylesford, onde procuraram imitar a vida do deserta do Monte Carmelo. È um lugar de beleza natural, próprio para a prática da oração e a vida de reflexão e meditação. Aqui começa uma nova época da vida dos irmãos dá Virgem Maria.
Na Inglaterra, eles não foram aceitos pelos demais religiosos e eclesiásticos. Vindos de um deserto da Palestina, com suas tradições e hábitos distintos, os outras os menosprezavam dizendo que a Europa já possuía muitas ordens religiosas e não precisava de mais uma. Era uma situação desesperadora para os frades, corriam outra vez o risco de se extinguir como ordem religiosa: primeiro foram os mouros, agora os religiosos. Mas a que os carmelitas queriam era tão somente viver em paz e continuar a sua vida de oração e trabalho. Lutaram de novo pela sua sobrevivência. 
 Imitando o exemplo dos primeiros Irmãos, o Prior Geral dos Carmelitas, São Simão Stock, recorreu à oração. S. Simão era um homem considerado por todos os Irmãos como um homem de intensa oração, de entrega total, devoção e amor á Mãe do Carmelo, a Virgem Maria. Diz a tradição: na noite do dia 16 de julho de 1251, Simão, mergulhado na oração, dirigiu-se a Virgem Maria e pediu-lhe o "privilégio feudal" a proteção da "Senhora" sobre seus vassalos em tempos de perseguição e dificuldades. Pediu-lhe que ajudasse a seus irmãos, porque estes sempre se mantinham fiéis a seu serviço e agora necessitavam de sua ajuda. Neste momento, segundo a tradição, rezou esta famosa oração que até hoje os Carmelitas cantam solenemente nas festas:
 
"Flor do Carmelo, vide florida.
Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável.
Doce Mãe, mas sempre Virgem,
Sede propicia aos carmelitas, Ó Estrela do Mar".

Durante esta oração, apareceu-lhe a própria Virgem Maria, rodeada de anjos. Entregou-lhe a Escapulário que tinha em suas mãos e disse.lhe:
 
"Recebe, meu filho muita amado, este Escapulário de tua Ordem, sinal de meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas: quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e de amor eterno".
 
Depois disto, Simão chamou todos os frades e explicou o que havia acontecido. Acrescentaram o Escapulário ao hábito e começaram a cantar esta maravilhosa aventura da Virgem Maria para ajudar os carmelitas. De toda a Inglaterra, o povo dirigia-se aos carmelitas, pedindo o Escapulário, para poder compartilhar deste favor, de Maria e gozar de sua proteção. Terminou a perseguição, dai por diante ninguém mais se atrevia a molestar a tranquilidade da Ordem favorecida pela própria Virgem Maria. Forçosamente tinham que aceitar os Irmãos dela.
 
Atentas á nova realidade ambiental, os Irmãos de Maria começaram a adaptar-se a cultura européia. Mantiveram sempre as suas tradições de oração e união com Deus, e aceitaram pela primeira vez apostolados ativos. Assumiram paróquias e pregaram o evangelho por toda a parte. Mudaram a capa listada por uma capa inteiramente branca, símbolo do Batismo e da alegria da Ressurreição. E ainda hoje, nas festas, os carmelitas conservam esta capa branca. A fama da ordem cresceu em toda a Europa, cresceu o número de vocações carmelitas e despertou-se o espírito de zelo pela vida religiosa.
 
Adaptaram o Escapulário grande à uma forma mais pequena para o povo, e muitos começaram a usá-lo, como, sinal de amor a Virgem Maria e símbolo de vida cristã fixa em Deus.
 
O ESCAPULÁRIO, UM SINAL MARIANO
 
O escapulário é um sinal aprovado pela igreja e aceito pela Ordem do Carmo como manifestação extrema de amor a Maria, de confiança filial nela e do compromisso de imitar a sua vida. A palavra "escapulário" indica uma vestimenta que os monges usavam sobre o hábito religioso durante o trabalho manual. Com o tempo assumiu um significado simbólico: o de carregar a cruz de cada dia, como os discípulos e seguidores de Jesus. Em algumas Ordens religiosas, como no Carmo, o Escapulário tornou-se um sinal da sua identidade e vida. O escapulário simbolizou o vínculo especial dos carmelitas com Maria a Mãe do Senhor, que exprime a confiança na sua materna proteção e o desejo de imitar a sua vida de doação a Cristo e aos outros. Transformou-se assim num sinal mariano.
 
O VALOR E O SIGNIFICADO DO ESCAPULÁRIO.
 
O escapulário funda as suas raízes na tradição da Ordem, que o interpretou como sinal da protecção materna de Maria. Contém em si mesmo, a partir desta experiência plurissecular, um significado espiritual aprovado pela igreja:
representa o compromisso de seguir Jesus como Maria, o modelo perfeito de todos os discípulos de Cristo. Este compromisso tem a sua origem no batismo que nos transforma em filhos de Deus.
 
Por ele a Virgem Maria nos ensina a:

·                                viver abertos a Deus e à sua vontade, manifestada nos acontecimentos da vida;
·                                escutar a palavra de Deus na Bíblia e na vida, a crer nela e a pôr em prática as suas exigências;
·                                orar em todo momento descobrindo Deus presente em todas as circunstâncias;
·                                viver próximos aos nossos Irmãos na necessidade e a solidarizar-se com eles.
·                                introduz na fraternidade do Carmelo, comunidade de religiosos e religiosas, presentes na igreja há mais de oito séculos, e compromete a viver o ideal desta família religiosa: a amizade íntima com Deus através da oração.
·                                põe-nos diante do exemplo das santas e dos santos com os quais estabeleceu uma relação familiar de Irmãos e irmãs.
·                                Exprime a fé no encontro com Deus na vida eterna pela intercessão de Maria e sua proteção.
 
NORMAS PRÁTICAS:  
 
·                                O escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote ou uma pessoa autorizada.
·                                Pode ser substituído por uma medalha que represente de uma parte a imagem do Sagrado Coração de Jesus e da outra, a Virgem Maria.
·                                O escapulário compromete com uma vida autêntica de cristãos que se conformam às exigências evangélicas, recebem os sacramentos, professam uma especial devoção à Santíssima Virgem, expressa ao menos com a recitação diária de três Ave Marias.
 
FÓRMULA BREVE PARA IMPOSIÇÃO DO ESCAPULÁRIO
 
Recebe este escapulário sinal de união especial com Maria, a Mãe de Jesus, a quem te empenharás em imitar. Este escapulário te recorde a tua dignidade de cristão a tua dedicação ao serviço dos outros e à imitação de Maria. Usa como sinal da sua proteção e como sinal da tua pertença à família do Carmelo, disposto a cumprir a vontade de Deus e a empenhar-te no serviço pela construção de um mundo que responda ao seu plano de fraternidade, justiça e paz.
 
O ESCAPULÁRIO DO CARMO NÃO É:
 
·                                Um sinal de proteção mágica, um amuleto;
·                                Uma garantia automática de salvação;
·                                Uma dispensa de viver as exigências da vida cristã.
·                                É UM SINAL:
·                                Aprovado pela igreja há sete séculos;
·                                Que representa o compromisso de seguir Jesus como Maria:
·                                abertos a Deus e à sua vontade;
·                                guiados pela fé, pela esperança e pelo amor;
·                                próximos dos necessitados;
·                                orando em todos os momentos e descobrindo Deus presente em todas as circunstâncias;
·                                que introduz na família do Carmelo;
·                                que alimenta a esperança do encontro com Deus na vida eterna pela proteção de Maria e sua intercessão.
 
Regra de vida – Ordem Terceira do Carmo – Sodalício de Salvador (BA)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mãe, um presente de Deus



Para completar o homem

Deus a fez mulher
Mas para participar do milagre da vida

Deus a fez mãe
Para liderar uma casa

Deus a fez mulher
Mas para edificar um lar

Deus a fez mãe
Para estudar, trabalhar e competir

Deus a fez mulher
Mas para guiar a criança insegura

Deus a fez mãe
Para os desafios da sociedade

Deus a fez mulher
Mas para o amor, a ternura e o carinho

Deus a fez mãe
Para fazer qualquer trabalho

Deus a fez mulher
Mas para embalar um berço e construir um caráter

Deus a fez mãe
Para ser princesa

Deus a fez mulher
Para ser rainha

Deus a fez mãe

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Comunidade Mãe de Deus - Todo Teu


Exemplo de pureza e modéstia

Santa Inês, Virgem, Mártir  
Comemoração Litúrgica:  21 de janeiro.   
Também nesta data - N. S. da Consolação, Santo Epifânio, Santo Afrânio
                        
Entre as heroínas da Igreja primitiva, que derramaram o sangue em testemunho da fé é Santa Inês aquela a que os Santos Doutores da Igreja tecem os maiores elogios. São Jerônimo, em referência a esta santa, escreve: “Todos os povos são unânimes em louvar Santa Inês, porque vencendo a fraqueza da idade e o tirano, coroou a virgindade com a morte do martírio”. De modo semelhante se exprimem Santo Ambrósio e Santo Agostinho. Com Maria Santíssima e Santa Tecla, Santa Inês é invocada para obter-se a virtude da pureza.

 Inês nasceu em Roma, descendente de família nobre. Logo que soube avaliar a excelência da pureza virginal, ofereceu-a a Deus, num santo voto. A riqueza, formosura e nobre origem de Inês fizeram com que diversos jovens, de famílias importantes de Roma a pedissem em casamento. A todos  Inês respondia que seu coração já pertencia a um esposo invisível a olhos humanos. Do amor ao ódio é só um passo.

As declarações de amizade e afeto dos pretendentes seguiu-se a denúncia, que arrastou a donzela ao tribunal, para defender-se contra a acusação de ser cristã. A maneira por que o juiz a tratou para conseguir que abandonasse a religião, obedeceu ao programa costumeiro em tais ocasiões: elogios, desculpas, galanteios e promessas. Experimentada a ineficácia destes recursos, entravam em cena, imposições, ameaças, insultos, brutalidades. O juiz fez a Inês saborear todos os recursos da força inquisitorial da justiça romana.

Inês não se perturbou. Mesmo quando lhe mostraram os instrumentos de tortura, cujo simples aspecto era bastante para causar espanto ao homem mais forte, Inês os olhou com indiferença e desprezo. Arrastada com bruteza ao lugar  onde se achavam imagens de deuses e intimada a queimar incenso, a donzela levantou as mãos puríssimas ao céu, para fazer o sinal da cruz. No auge do furor, vendo baldados todos os esforços e posta a ridículo sua autoridade, o juiz teve uma inspiração diabólica: de mandar a donzela a uma casa de pecado. Inês respondeu-lhe: “Jesus Cristo vela sobre a pureza de sua esposa e não permitirá que lh’a  roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue. Nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é consagrado a Jesus Cristo”.

A ordem do juiz foi executada e daí a pouco Inês se achava no lugar da prostituição. Dos diversos rapazes que lá estavam, só um teve o atrevimento de aproximar-se de Inês, com malignos intuitos. No momento, porém, em que ia estender a mão contra ela, caiu por terra , como fulminado por um raio. Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo do infeliz e levaram-no para outro lugar. Não estava morto, como todos supuseram no primeiro momento, mas aos olhos faltou-lhes a luz. Inês rezou sobre ele e a cegueira desapareceu.

O juiz, profundamente humilhado com esta inesperada vitória da Santa, deu ordem para que fosse decapitada.

 Ao ouvir esta sentença, a alma de Inês encheu-se de júbilo. Maior não podia ser a satisfação e a alegria da jovem noiva, ao ver aproximar-se o dia das núpcias, que o prazer que Inês experimentou, quando ouviu dos lábios do juiz o convite para as núpcias eternas com Jesus Cristo, seu celeste esposo. O  algoz tinha recebido ordem para, antes de executar a sentença de morte, convidar a Inês para prestar obediência à intimação do juiz. Feito pela última vez Inês com firmeza o rejeitou. Ajoelhando-se, inclinou a cabeça, ao que parecia para prestar a Deus a última adoração aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte. Os circunstantes, vendo este triste e ao mesmo tempo grandioso espetáculo, soluçavam alto.

Santa Inês completou o martírio aos 21 de janeiro de 304 ou 305. tendo apenas a idade de 13 anos. No tempo do imperador Constantino foi construída em Roma uma Igreja dedicada à gloriosa mártir.

Santa Inês é padroeira das Filhas de Maria, por causa da sua pureza Angélica. Os jardineiros também a veneram como padroeira, por ser o modelo perfeito da pureza, como Maria Santíssima, que é chamada “hortus conclusus”, horto fechado. É padroeira dos noivos, por  ter-se chamado esposa de Cristo. Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a latina. Inês em grego é Hagne, isto é, pura; em latim, agna significa cordeirinho. Na Igreja latina prevaleceu esta interpretação. Dois dias depois da sua morte, a mártir apareceu a seus pais, acompanhada de um grupo de virgens, tendo ao seu lado um cordeirinho. Santo Agostinho admitia as duas interpretações. “Inês, diz ele, significa em latim um cordeirinho e em grego, a pura”. – No dia da festa desta Santa, na sua igreja em Roma são apresentados e bentos cordeirinhos, de cuja lã são confeccionados os “palliums” dos Arcebispos.

Reflexões:

Admirável em Santa Inês é a fidelidade com que guardou o voto de castidade. Pessoas há que pressurosas  fazem promessas, principalmente quando se acham em dificuldades e tribulações. Com a mesma facilidade delas se esquecem ou pouco empenho fazem em cumprir o que a Deus prometeram. Com a facilidade com que prometem, pedem ao confessor comutação ou dispensa. Ninguém é obrigado a fazer promessas. Deve antes pensar, se lhe convém tomar tal compromisso e se estará em condições de solvê-lo. Melhor é nada prometer, do que não cumprir o que se prometeu. “Quando tiveres feito algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em cumpri-lo;  porque o Senhor teu Deus te pedirá conta dele e se te demorares, ser-te-á  imputado  o pecado”. (Deut. 23,  21). “Se fizeste algum voto a Deus, trata de cumpri-lo logo; porque é desgraçada a promessa infiel e imprudente; mas cumpre tudo o que tiveres prometido. Muito melhor é não fazer voto algum, do que  depois de o fazer, não cumprir o prometido”. (Ecl. 5).

Santa Inês defendeu heroicamente a virtude da pureza e Deus protegeu-a visivelmente. O impuro experimentará a ira de Deus. Sirva este aviso para afastar-te da impureza.

 Santa Inês preferiu a morte ao pecado e não ligou importância nem a ameaças, nem a promessas. Se queres conservar a virtude da pureza, fecha os ouvidos às vozes acariciadoras do mundo e foge das ocasiões. Onde estaria Santa Inês, se não tivesse heroicamente resistido à tentação?  Onde estarás na eternidade, se não imitares o exemplo desta gloriosa virgem e não desprezares firmemente os incitamentos do tentador? Combate o bom combate da fé e trabalha para conquistar a vida eterna.(I. Tim. 6, 12)

Tratado da Verdadeira devoção a Santissima Virgem


Vamos falar um pouco sobre a escola de santidade do beato João Paulo II e nesta escola ele tinha como livro de cabeceira o Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria. Ele, desde jovem, carregava em sua mochila esse livro, mesmo antes de entrar no seminário. E o diabo tem medo desse livro escrito pelo Santo Luiz Maria, que recebeu do Papa a missão de ser pregador apostólico. Ele começou a pregar na França a partir do método da consagração total a Virgem Maria.


Depois que eu comecei a pregar sobre o Tratado da Verdadeira Devoção, percebi o quanto as pessoas não gostavam dele, tinham até raiva irracional. Vi que ali era mesmo algo de Deus, por isso que as pessoas não gostavam dele, foi por isso que eu continuei a pregar sobre ele.

O diabo escondeu o Tratado da Verdadeira Devoção por 130 anos. São Luiz Maria de Montfort percebeu o quanto o maligno odiava esse tratado.

O nosso trabalho agora é o contrário, já que o diabo o quis esconder, cabe a nós divulgá-lo. O Papa Bento XVI recebeu os missionário monfortanos e disse que eles têm como intercessor no céu o beato João Paulo II.

Enquanto João Paulo II estava vivo eu não ligava para a devoção ao tratado, para mim, antes a fonte da espiritualidade era só Jesus Cristo, mas tenho certeza de que esse beato, lá do céu, intercedeu por mim, e a partir daí pude perceber que o centro do tratado também é Jesus Cristo, que se dá pelas mãos de Maria. Mas por que “pelas mãos de Maria”? A finalidade da vida cristã é ter Jesus como centro de nossas vidas, proclamamos no batismo o senhorio de Jesus. Pecamos, muitas vezes, porque ainda não O deixamos como centro. Ele quer tomar posse de tudo o que somos e temos.

Muitas vezes, dizemos para Jesus que Ele pode agir em nós e até mesmo colocar a cruz sobre nós, mas não sobre as nossas famílias, queremos suportar por eles. Mas saiba: Ele quer cuidar de tudo e todos.



Saiba que diante das maiores dificuldades, teremos a recompensa no Céu, se aqui soubermos agir com fé.
Deus quer todos nós sejamos salvos, mas precisamos ter alegria de viver a vida sofrendo por amor a Deus, se você tem uma vida sofrida e leva essa vida no amor de Deus, saiba que no Céu está reservado para você.

Por causa do pecado do pecado original, nós temos medo de Deus. Assim com Adão teve medo ao saber que estava nu. Na mesma tarde do pecado original, Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre você e Eva, entre a sua descendência e a dela”. A partir daquele momento os descendentes do diabo e os filhos de Maria se tornaram inimigos. Precisamos travar essa luta. Como? Através da consagração, e Jesus nos ensinou isso na cruz, quando nos entregou, por meio de João, a Maria.
Nossa Senhora não é uma mulher qualquer, ela é a Mulher esperada desde toda a eternidade.


Precisamos estar nas mãos de Nossa Senhora, lá é um local seguro e não teremos medo. Quando estamos com medo, é a mãe a quem chamamos. Mesmo que teologicamente o Amor de Jesus seja infinitamente maior do que o de Maria, mas para nós ela tem o maior amor de todos nós. É questão de ponto de vista: aos olhos de Deus, o amor dela é pequeno, mais ela em relação a nós é grande. Quando nos entregamos a Maria, ela no mesmo momento nos leva a Jesus, pois é local de segurança.

Deus olhou para a humildade da Virgem Maria. Comparando-a Lúcifer, vemos que ele era um anjo da luz, mas a sua soberba o levou ao inferno, por isso nenhum demônio que sofre tanto quanto Lúcifer, quem tem maior ódio sofre mais do que todos. Já Maria foi feita pequena, um nada, humana, não era anjo, a sua natureza, comprada com os anjos, era desprezível, mas ela se despojou tanto de si que até os anjos ficam admirados por ela. Ela é o oposto de Satanás. Os dois foram criados por Deus, mas com destinos diferentes. Maria é a toda cheia de graça. Nesta vida, precisamos escolher entre sermos filhos de Maria ou de Satánas.

domingo, 6 de maio de 2012


 Este é o site da Fraternidade Arca de Maria, o carisma dessas consagradas é difundir a Santa Escravidão do Amor.
No site está a venda todo material necessário para a Consagração.

http://arcademaria.com/

Escravidão do amor

A Santa Escravidão a Jesus por Maria é uma prática de devoção antiguíssima, remontando aos primeiros séculos da Igreja. Com o passar dos séculos, experimentou uma admirável evolução, no sentido que cada vez melhor se compreendeu o que esta prática significava no contexto da fé. Passando pela escola francesa do século XVII do cardeal de Bérulle, Boudon, Olier, Condrem, São João Eudes, etc.
Foi em São Luís Grignion de Montfort que a doutrina e a prática da Santa Escravidão encontrou sua expressão mais perfeita, sendo também, por meio deste grande apóstolo de Maria, que esta prática devocional tornou-se popular. A doutrina e espiritualidade da Santa Escravidão de Amor foram imortalizadas por São Luís Grignion, no célebre escrito: “O Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”.

Tal livro demonstra com muita sabedoria, clareza e unção quem é a Santíssima Virgem, qual é o seu papel na vida da Igreja e de cada pessoa em particular, com efeito o livro mostra a missão materna que Deus confiou a Santíssima Virgem, as razões e a maneira como Deus sujeitou a ela todos os corações, bem como, o papel da Santíssima Virgem no estabelecimento do reinado de Cristo e sua união íntima com o segundo advento de seu filho.
O Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem foi escrito por São Luís Grignion de Montfort em 1712, e devido à grande força que esse escrito tem para levar as pessoas à verdadeira santidade foi fortemente combatido pelo inimigo infernal. O demônio quis verdadeiramente destruí-lo, mas Deus não permitiu, contudo, o inimigo escondeu este tratado durante cento e trinta anos. Tudo isso foi admiravelmente predito e escrito por São Luís, no próprio Tratado da Verdadeira Devoção onde narra:
“Vejo animais frementes que se precipitam furiosos para destruir com seus dentes diabólicos este pequeno manuscrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para compô-lo, ou ao menos para fazê-lo ficar escondido no silêncio de um baú a fim de que não apareça”
(T.V.D. 112).
Assim, este livro escrito em 1712, desapareceu sendo reencontrado apenas em 1842 em um baú de livros velhos. Publicado em 1843 tornou-se leitura obrigatória de toda alma piedosa que buscasse a santidade. De fato, São Luís predisse o desaparecimento do livro, também, como o seu reaparecimento e o seu sucesso (c.f. T.V.D. 112), de modo que, depois que foi publicado o tratado, a Santa Escravidão tornou-se a via espiritual de muitos santos, que se fizeram escravos de Maria Santíssima, e na escola de seu Imaculado Coração aprenderam a amar a Deus e fazer sua santa vontade.
Santos como: São João Maria Vianney, São João Bosco, São Domingos Sávio, Santa Terezinha, Santa Gema Galgani, São Pio X, São Pio de Pietrelcina e tantos outros santos e santas do nosso tempo, viram, na total consagração a Santíssima Virgem não uma “devoção qualquer” ou “mais uma devoção” mas uma Devoção Perfeita, aquela devoção querida por Jesus ao fazer de cada um de nós filhos de sua Mãe Santíssima.
Um dos maiores apóstolos desta consagração foi nosso querido Papa João Paulo II, que se fez escravo por amor quando ainda era seminarista. E de tal forma esta total consagração ordenou sua vida e missão que adquiriu como seu lema pessoal o “Totus Tuus Mariae”. João Paulo II foi um testemunho vivo da eficácia desta consagração na vida de uma pessoa.

1- O que é a Santa Escravidão de amor?

A total consagração à Nossa Senhora, ou a santa escravidão de amor é a entrega de tudo que somos e possuímos à Santíssima Virgem para que através dela possamos mais perfeitamente pertencer a Deus.
A finalidade desta total entrega a Nossa Senhora é nos unir a Jesus Cristo e nos fazer crescer em sua graça. Nos entregamos totalmente a Nossa Senhora para que ela nos ensine a cumprir em nossa vida a Santíssima vontade de Deus. São Luís Maria de Montfort chama a Santa Escravidão de Amor de “A Verdadeira Devoção”, simplesmente porque ela nos mostra quem é Nossa Senhora, qual seu lugar no plano de salvação e sua missão na vida da Igreja e de cada um de nós.
A doutrina da Santa escravidão nos faz ver e compreender que Jesus nos deu Maria como verdadeira mãe, mestra e educadora, e ao mesmo tempo nos convida e nos faz lançar aos cuidados desta boníssima Senhora atendendo ao mandato de Jesus que olhando para nós nos diz: “Eis aí tua mãe”. Assim pela total consagração de nós mesmos à Santíssima Virgem estamos dizendo nosso sim a Jesus que no-la deu por mãe, a fim de que Ela nos ensine a fazer tudo que Ele mandou.
Do ponto de vista pastoral a necessidade e eficácia da total consagração a Nossa Senhora são sempre atuais, uma vez que esta consagração e devoção não são mais que a perfeita renovação das promessas do nosso santo batismo. De fato os concílios assim como muitos Papas falaram sobre a necessidade de se recordar os cristãos os votos de seu batismo e de seu estado de pertença a Deus, assim pela Total Consagração, nós agora por nós mesmos, renovamos nossas promessas batismais, recuperando a consciência de nosso estado de pertença a Deus. Tudo isso através de Maria, como quer Jesus, para que Ela nos ensine a sermos fiéis a nossa adesão a Cristo bem como da renúncia de todo mal.

2- O que acontece conosco, quando nos consagramos como Maria, Escravos por Amor?

Nós confirmamos a soberania de Deus e da Santíssima Virgem em nossas vidas, entregando TUDO que somos e temos a Jesus pelas mãos de Maria. Aqui, TUDO quer dizer TUDO. Nosso corpo com todos os nossos bens materiais e nossa alma com todas as nossas riquezas espirituais, nossos pensamentos, nossos desejos e quereres. Assim, mesmo os méritos de nossas orações, sacrifícios e boas obras passam a pertencer a Maria Santíssima para que Ela possa usá-los como lhe aprouver. Pela Santa Escravidão de Amor passamos a não possuir mais nada. Tudo passa ser de Maria, para que deste modo tudo possa ser de Deus.
Quando fazemos esta consagração e a vivemos obtemos um aumento admirável em nosso “Capital de Graças”, e por isso nos santificamos mais rapidamente e de maneira mais perfeita e segura. Com efeito, Maria Santíssima é um caminho fácil, curto, seguro e perfeito para nos unirmos a Jesus e crescermos em sua graça.
Santo Agostinho, diz que Maria é o molde de Cristo (forma DEI). Por sua vez, diz São Thomas de Aquino, que a nossa vida cristã consiste em refazer em nós a imagem e semelhança de Deus perdida pelo pecado, ou seja, devemos nos tornar semelhantes a Jesus em nossa maneira de ser, pensar e agir. Devemos imprimir em nossa alma a fisionomia de Nosso Senhor, para amar como
Jesus amou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu…etc. Para isto nada mais oportuno do que esta consagração, uma vez que Maria Santíssima é o grande molde no qual foi formado Jesus. Assim, todo aquele que se lançar e desmanchar dentro deste molde sairá com as feições de Jesus. A consagração é a maneira pela qual nos lançamos neste molde perfeito e a vivência dessa devoção é a maneira pela qual nos desmanchamos no mesmo molde, ou seja quando nos entregarmos totalmente a Maria, Ela nos ensinará a ser, pensar e viver como Jesus.

3- Quem pode fazer esta total consagração, e como fazê-la?

Todos os que querem viver o seu batismo podem e devem fazer esta consagração, ou seja, todos os que querem ser santos, que acreditam em Jesus Cristo e em toda sua doutrina, tal qual, nos transmite a Santa Igreja. Quem faz restrições a doutrina de Jesus Cristo ensinada pela Santa Igreja, ou quem não pode (ou não quer) viver em comunhão eucarística não pode fazer esta consagração.

4 – Como fazer esta consagração?

Para se fazer esta consagração é necessário primeiro conhecê-la; lendo e estudando o Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, escrito por São Luís de Montfort, e outros livros que falem sobre a Santa Escravidão, como “O Livro de Ouro ao Alcance de todos” ouvindo palestras e participando de encontros e retiros sobre o tema.
Assim, após se ter consciência do que é esta Consagração e de como deve vivê-la pode se marcar uma data e fazer os exercícios preparatórios que durarão um mês. Estes exercícios são meditações diárias que podem ser encontradas no livro “Consagração a Nossa Senhora” de Dom Antônio Maria Alves de Siqueira.

A seqüência de preparação é a seguinte:

I – Doze dias preliminares- Para desapego do espírito do mundo a aquisição do Espírito de Deus. Onde se medita nossa vocação à santidade, desprendendo-se de tudo que possa nos atrapalhar a sermos santos para irmos para o céu.
II – Primeira semana- Para o conhecimento de si mesmo. Trata-se de um período para fazermos um profundo exame de consciência a partir do que devemos nos aperfeiçoar, buscando em tudo sermos agradáveis a Deus.
III – Segunda semana- Para o conhecimento da Santíssima Virgem, de sua pessoa, sua missão, das graças das quais Ela é repleta, de suas sublimes virtudes, de seus privilégios, etc. De forma que conhecendo-a melhor, possamos amá-la mais e honrá-la como Ela merece ser honrada.
IV – Terceira semana- Para o conhecimento de Jesus Cristo nosso Fim Último, nosso Grande Deus e Senhor. Aqui devemos meditar no Mistério da vinda, da vida, paixão, morte e Glorificação de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Devemos contemplar a encantadora vida de Jesus, sua pessoa e sua doutrina, para que assim possamos crer nele com profunda convicção, amá-lo com amor abrasado, de forma, a despertar em nós um grande desejo de fazê-lo conhecido, amado e adorado, por todos.
Durante esta preparação de um mês (ou 33 dias), faz-se uma confissão geral e no dia escolhido (de preferência uma festa Mariana) participasse do Santo Sacrifício da Missa e se recebe Jesus no Santíssimo Sacramento. Depois da Ação de Graças (e como Ação de Graças) se recita a fórmula da Consagração que deve estar previamente copiada (de preferência de próprio punho) e se assina. Quando o sacerdote tem conhecimento da consagração e apóia, pode-se pedir que ele assine a folha como diretor espiritual e abençoe as correntes (se forem ser utilizadas).

5- Como deve viver um consagrado e quais suas obrigações?

Prática interior – O essencial desta devoção consiste em fazer todas as coisas por Maria, com Maria, em Maria e para Maria, para mais perfeitamente fazê-las por Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus. Viver num estado de abandono e confiança para com Nossa Senhora, confiando a ela todas as nossas necessidades, problemas, sofrimentos, alegrias, decisões, negócios… etc. Como uma criança pequenina, segurar nas mãos desta boa mãe e deixar-se conduzir por ela. Em tudo recorrer a Ela. Fazer tudo do jeito dela. Louvar a Deus e adorá-lo com o coração dela.
Práticas exteriores – Também devemos cantar as glórias de Maria, honrá-la com todo amor, anunciando sua dignidade e seus privilégios, ensinando a todos e em todo lugar o que é a verdadeira devoção a Ela.
Devemos contemplar os mistérios do Santo Rosário, participar de suas festas, inscrever-se em suas confrarias, fazer e renovar sempre a Consagração a Ela e levar as pessoas a fazerem o mesmo. Usar as pequenas cadeias de ferro ou correntes como sinal de nosso amor e de nossa consagração, etc. É preciso entretanto observar que estas práticas não são essenciais, mas são utilíssimas para exteriorizar nosso amor a Jesus e Maria e edificar nosso próximo.

6- A difusão e a prática generalizada da Santa Escravidão de Amor levará ao Triunfo da Santíssima Virgem, e ao reinado de Jesus.

Por fim, é importante lembrar que a Santa Escravidão de Amor, no pensamento e na doutrina de São Luís de Montfort, não é “mais uma devoção”, e muito menos “uma devoção qualquer”, é sim, o meio que a providência divina escolheu para estabelecer no mundo o triunfo de Maria e em conseqüência o reinado de Jesus. Se, portanto queremos que venha logo o prometido Triunfo do Coração de Maria e o Império de Jesus sobre toda humanidade, procuremos todos fazer, viver e propagar a Santa Escravidão de Amor.

domingo, 25 de março de 2012

 SENHORA DO SILÊNCIO



Mãe do Silêncio e da Humildade,
tu vivestes perdida e encontrada
no mar sem fundo do Mistério do Senhor.

Tu és disponibilidade e receptividade.
Tu és fecundidade e plenitude.
Tu és atenção e solicitude pelos irmãos.
Estás revestida de fortaleza.
Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual.
És senhora de ti mesma antes de ser nossa Senhora.

Em ti não existe dispersão.
Estás em Deus, e Deus dentro de ti.
O Mistério da Sua Presença envolve-te, penetra-te
e possui-te, ocupa todo o teu ser.

Jamais conhecemos uma criatura humana de tamanha doçura,
nem esta terra voltará a ter uma mulher
tão evocadora do Mistério inefável de Deus.

Entretanto, tu és a Senhora do silêncio
e teu silêncio não é ausência, mas presença de Deus.
Viveste abismada no Senhor
e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná.
Um silêncio que fala, uma comunicação profunda
como quando não se diz nada,
um silêncio eloquente, contemplativo.

Faz-nos compreender que o silêncio não é desinteresse pelos Irmãos,
mas fonte de energia e de irradiação; não é encolhimento mas projecção.
Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso encher-se.

Afoga-se o mundo no mar da dispersão,
e não é possível amar os irmãos com um coração disperso.
Faz-nos compreender que o apostolado, sem silêncio, é alienação,
e que o silêncio, sem apostolado, é comodidade.

Envolve-nos no teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza da tua Fé, a altura da tua Esperança e a profundidade do teu Amor.
Fica com os que ficam e vai com os que partem.
Ó Mãe Admirável do Silêncio!