Profunda Humildade
Na vida de Nossa Senhora: Haverá
alguém com mais motivo para aparecer do que Nossa Senhora? Entretanto,
a sua humildade se confunde ao próprio silêncio e escondi mento em
todos os seus atos. Esta humildade, de querer apenas ser serva do
Senhor esmaga a cabeça do demônio.
Maria Santíssima, nunca esqueceu que tudo nela era dom de Deus.
Esperava em segredo, as incompreensões de São José. Guardava em seu
coração as graças e favores divinos com que era agraciada por Deus. Ela
oferecia ao Senhor os louvores que recebia. Ela se alegrava em servir
ao próximo e a se colocava sempre em último lugar. Não teve medo de
comparecer ao Calvário, onde foi reconhecida como a mãe de um
condenado.
Forma que devemos agir nesta virtude:
Mesmo sendo
possuidor de múltiplas virtudes, o indivíduo deve pedir a graça sempre
da humildade, para entender que as temos pela graça de Deus. Pois com
nossos esforços só temos o pecado. Esta humildade significa modéstia,
compostura, ausência de vaidade.
Simplicidade na maneira de se apresentar. Comedimento na forma de
referir-se a si próprio. A pessoa pode conhecer sua força e poder, e
apesar disso, não precisa aparecer perante os outros. Devemos reprimir,
os secretos impulsos e venenos do orgulho. Pense, você pode anular-se
para resplandecer a glória de Deus.
Fé Viva
Na vida de Nossa Senhora: Foi pela sua fé que Maria
foi proclamada bem-aventurada por sua prima Isabel. Na Paixão de
Jesus, os discípulos foram tomados por dúvidas e somente a Virgem Maria
se manteve firme na fé, diz Santo Alberto, o Grande. «A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude».
Nossa Senhora: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; Viu-O finalmente maltratado, crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Maria reconhecia acima de si Deus, como único incapaz de se enganar ou nos enganar.
Nossa Senhora: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; Viu-O finalmente maltratado, crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Maria reconhecia acima de si Deus, como único incapaz de se enganar ou nos enganar.
Forma que devemos agir nesta virtude:
Compreendamos
que o homem não pode de si mesmo crer e confiar em Deus. Isto é: por si
só. O homem, sem o auxílio divino nunca terá fé, porque a fé é um Dom
de Deus.
Somente quem conhece Jesus conhece também o Pai. Por isso devemos
ouvir a palavra de Jesus Cristo, que é o Evangelho, e nas nossas
orações sempre meditar e pensar na sua vida, paixão, morte e
ressurreição. Foi a Santa Igreja Católica que recebeu de Deus
autoridade para nos ensinar tudo àquilo que Deus nos revelou. Devemos
obedecer à Igreja, seguir seus mandamentos, doutrina, no catecismo e
nas leituras. Devemos participar de encontros, ouvindo atentamente o
palestrante, como também participar da Santa Missa atentos à homília do
padre.
Obediência Cega
Na vida de Nossa Senhora: O Cristo nos deu este
mandamento: amarás o Senhor Deus de todo o teu coração e a teu próximo
como a ti mesmo. Maria, Mãe dos patriarcas, cumpriu plenamente este
duplo preceito.
Santo Irineu dizia que a Virgem Maria, tornou-se através de sua
obediência, a origem da salvação, tanto para si mesma quanto para toda a
raça humana.
Durante toda a vida Nossa Mãezinha respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.
Durante toda a vida Nossa Mãezinha respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.
Forma que devemos agir nesta virtude:
O Catecismo da
Igreja Católica indica que a obediência é a livre submissão à palavra
escutada, cuja verdade está garantida por Deus, que é a Verdade em si
mesma.
Esforcemos-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A
subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma
instrução, o cumprimento de um pedido o a abstenção de algo que é
proibido, nos faz crescer. A figura da autoridade que merece obediência
pode ser, uma pessoa ou uma comunidade, mas também uma idéia
convincente ou uma doutrina. É verdade que o superior deve exercer suas
autoridades, apenas como um servo de Deus, não contrariando seus
princípios em mentira, roubo ou blasfêmias. Que rezemos pelos
superiores.
Ardente Caridade
Na vida de Nossa Senhora: Não devemos amar nossas
fraquezas, nossos pecados, mas sim aquilo que em nós manifesta a
grandeza e a bondade de Deus. É claro que só coisas boas, brotavam no
coração de Nossa Senhora. Isto a fez a mais recheada na virtude da
caridade. A vida da Rainha dos Anjos, já refletia esta dom. Ela se
entregou ao serviço do templo, desde aproximadamente seus três anos, e
nesta ocasião, já estava pronta e sem reserva. Ela amou em intensidade e
duração a Deus, e por Ele, nunca deixou de amar os filhos que recebera
na cruz. O amor por Deus e pela humanidade traspassou de tal modo sua
alma, que não ficou parte alguma em seu ser que não tivesse se doado
inteiramente à causa divina. Sua caridade chegou ao ponto, de nos do ar
Jesus, seu Divino Filho.
Forma que devemos agir nesta virtude: A Caridade é um sentimento, mas também uma ação de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa. Amor ao próximo; bondade; benevolência; compaixão. Não deixa de ser, dar esmola, mas deve ir muito além da esmola material. Deve-se dar atenção a família. Diz respeito ao trato com as pessoas da comunidade. A caridade é doar-se, assim como Maria se doou, assim como Jesus, enquanto homem entregou-se aos algozes para que se cumprisse o plano de Redenção. Daí a caridade ser a essência do cristianismo e deve ser, portanto, a marca de todo católico.
Forma que devemos agir nesta virtude: A Caridade é um sentimento, mas também uma ação de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa. Amor ao próximo; bondade; benevolência; compaixão. Não deixa de ser, dar esmola, mas deve ir muito além da esmola material. Deve-se dar atenção a família. Diz respeito ao trato com as pessoas da comunidade. A caridade é doar-se, assim como Maria se doou, assim como Jesus, enquanto homem entregou-se aos algozes para que se cumprisse o plano de Redenção. Daí a caridade ser a essência do cristianismo e deve ser, portanto, a marca de todo católico.
Contínua Oração
Na vida de Nossa Senhora: Nossa Senhora em suas
aparições sempre nos exortou a respeito da oração. As coisas irão bem
se reza e irão mal se não se reza. Maria de Deus engrandeceu ao Senhor
não só com palavras, mas com a alma. Ora em espírito e em verdade no
encontro com sua prima. Minha alma glorifica ao Senhor. Esta foi uma
das frases de Nossa Senhora. Mas havia um sentido. Ela experimentou a
presença do Altíssimo em seu interior. Ela reconhecia, era grata e
queria retribuir tudo ao seu Senhor. Nas Bodas, além Dela demonstrar
sua confiança na oração de pedido, fez com que os discípulos também
acreditassem. Estes discípulos no cenáculo também recorreram à oração
de Maria na vinda do Espírito Santo.
Forma que devemos agir nesta virtude:
A continua Oração
vai desde uma oração ordinária, pouco exigente, como: as jaculatórias,
oração ao se acordar e ao dormir, ainda quando se está na mesa, mas
deve se estender em vida. Entenda como um “espírito de oração”. É uma
vida interior no exercício da presença de Deus.
Jesus, no Evangelho, diz-nos que devemos rezar sempre; o que
significa estarmos como que revestidos do espírito de oração, tal como o
hábito reveste o corpo. Saibamos cumprir a vontade de Deus a cada
momento e aproveitar o nosso tempo, lembrando-nos das palavras de São
Paulo: "Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome
do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". (Cl 3,17).
Pureza Divina
Na vida de Nossa Senhora: Esta preciosa virtude
leva o homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o
próprio Jesus Cristo. Dizei-me, então, o que significa a Assunção de
Nossa Senhora.
O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais
radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na
alma e no corpo de Maria Santíssima envolve a concepção Virginal de
Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal.
Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original,
de Maria de Nazaré. Constatamos que, a Virgem Santa fazia tanto questão
de sua pureza, que Ela não queria consentir em ser Mãe de Deus antes
que o anjo lhe tivesse assegurado que Ela não a perderia. Mas, tendo
lhe dito o anjo que, tornando-se Mãe de Deus, bem longe de perder,
seria ainda mais pura e mais agradável a Deus. Na aparição de Fátima,
Nossa Senhora disse que os pecados que mais mandam almas para o
inferno, são os pecados impuros. Não que estes sejam os mais graves,
mais os mais frequentes. Não imaginemos Nossa Senhora como uma santinha
ingênua e alienada, que não conhece nada da vida.
Forma que devemos agir nesta virtude: Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Assim, coloque seus olhos em contemplar os olhos de Deus, por exemplo, na Eucaristia, e receba a luz que santifica. Os casados são chamados a uma castidade conjugal que é um dever de todos os esposos cristãos. Nem tudo que um casal pode fazer, convêm! Satanás vem entrando no lar, sem ser visto, como nos contraceptivos, nos abortos depois levando ao divórcio "A pílula anticoncepcional vem do Inferno, dizia Pe. Pio, e quem usa comete pecado mortal". E ainda: "Para todo bom casamento o número dos filhos é estabelecido por Deus e não pela vontade dos esposos", e ainda: "Quem está na estrada do divórcio, está na estrada no Inferno". Pior ainda para quem cometer o crime do aborto! Que abram bem os olhos os esposos cristãos! Profanar o sacramento do matrimônio nunca acontecerá sem castigos e maldições sobre as famílias. Se lembrem bem que com Deus não se brinca! (cf. Gl 6,7).
Forma que devemos agir nesta virtude: Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Assim, coloque seus olhos em contemplar os olhos de Deus, por exemplo, na Eucaristia, e receba a luz que santifica. Os casados são chamados a uma castidade conjugal que é um dever de todos os esposos cristãos. Nem tudo que um casal pode fazer, convêm! Satanás vem entrando no lar, sem ser visto, como nos contraceptivos, nos abortos depois levando ao divórcio "A pílula anticoncepcional vem do Inferno, dizia Pe. Pio, e quem usa comete pecado mortal". E ainda: "Para todo bom casamento o número dos filhos é estabelecido por Deus e não pela vontade dos esposos", e ainda: "Quem está na estrada do divórcio, está na estrada no Inferno". Pior ainda para quem cometer o crime do aborto! Que abram bem os olhos os esposos cristãos! Profanar o sacramento do matrimônio nunca acontecerá sem castigos e maldições sobre as famílias. Se lembrem bem que com Deus não se brinca! (cf. Gl 6,7).
Mortificação Universal
Na vida de Nossa Senhora: Muitos recorrem às
mortificações, como uma virtude, que faz reparar uma ofensa feita a
Deus com o pecado. Contudo atos penitencias, podem ser praticados em
favor de si ou dos outros. Maria Santíssima teve uma vida de
sacrifícios por nossas culpas, para que tivéssemos a salvação. Suas
primeiras penitencias, era cumprir fielmente os próprios deveres de Mãe
de Deus, já que, fazer outras omitindo estas, seria secundário,
ignorando o principal.
Nossa Mãe revela em Fátima: «Muitas almas vão para o inferno, porque não tem quem se sacrifique e ore por elas»
Haverá mãe, que amou a seu filho, mais que Maria amou a Jesus? Era-lhe Jesus, Filho e Deus ao mesmo tempo, e Ela na força divina foi capaz de entregá-lo aos braços do Espírito.
Haverá mãe, que amou a seu filho, mais que Maria amou a Jesus? Era-lhe Jesus, Filho e Deus ao mesmo tempo, e Ela na força divina foi capaz de entregá-lo aos braços do Espírito.
A Imaculada Conceição no caminho do calvário teve de ouvir injúrias
contra seu Amaríssimo Jesus. Que martírio lhe não causou a vista dos
cravos, dos martelos, das cordas, dos instrumentos da morte do Filho!
Forma que devemos agir nesta virtude:
A mortificação
é uma antiga prática cristã que consiste em realizar um sacrifício
mental, que é interior, quando se refere ao sacrifício no âmbito da
inteligência e da vontade. Ou pode ser físico, que é corporal, pois se
refere ao sacrifício dos sentidos. Ambas as finalidades por amor a Deus
com o objetivo de se unir à paixão e à cruz de Jesus Cristo e assim,
participar da Redenção. São João da Cruz sobre isto escreveu: Jamais, se queres chegar a possuir a Cristo, o busque sem a cruz.
É um meio de ajudar as pessoas a levar vidas virtuosas e santas.
É necessário fugir do excesso de conforto e prazeres e, na medida
do possível, oferecer alguns sacrifícios a Deus, seja no comer,
(renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente
esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas
diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida
oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo
paciência em tudo. É indispensável sorrir quando se está cansado,
terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça
problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só
os próprios.
Paciência Heroica
Na vida de Nossa Senhora: Paciência é a virtude que se busca manter o controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo.
É certo pedir a intercessão a Rainha dos Mártires para obter a paciência, pois Ela viveu com a espada transpassada em seu coração, mas soube aceitar com paciência heroica este punhal em sua alma. Nossa Mãe soube suportar, com resignação e tranqüilidade, todos os incômodos, sofrimentos e dores permitidas por Deus, durante sua vida.
É certo pedir a intercessão a Rainha dos Mártires para obter a paciência, pois Ela viveu com a espada transpassada em seu coração, mas soube aceitar com paciência heroica este punhal em sua alma. Nossa Mãe soube suportar, com resignação e tranqüilidade, todos os incômodos, sofrimentos e dores permitidas por Deus, durante sua vida.
Muitos momentos estressastes, de fadiga e de angústia, Ela passou
como prova de seu abandono em Deus. Na gravidez, em Belém, no Egito, no
momento que havia perdido Cristo aos 12 anos... Vendo Jesus, na cruz
com sede, todo ensanguentado. A tolerância, de Nossa Senhora é
surpreendente. Ela nunca perdeu o respeito, mesmo para quem confessava
não acreditar no seu Filho. A Nossa Mãe, que é a Mãe da Igreja tem a
capacidade de persistir, de aguardar em paz aquilo, que ainda não se
tenha obtido, acreditando que irá conseguir, pela espera em Deus.
Forma que devemos agir nesta virtude:
Temos a capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção, sem ter pressa?
Ser paciente não é só ser educado, é saber agir com calma, liberto
da ansiedade. A paciência também é uma caridade quando praticada nos
relacionamentos interpessoais.
Quando você percebe que a impaciência vem chegando, você procura
falar primeiro com Deus, ou com as pessoas envolvidas na situação? Numa
crise de impaciência, você grita, ou faz o esforço de se calar?
Às vezes é melhor sair, de perto do atrito, e de rezar bem devagar
alguma oração, como por exemplo, o Pai-Nosso... seja feita a vossa
vontade..., perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a
quem nos tem ofendido...e já com a alma mais tranquila, poderemos
discernir o que nos convém fazer. Espere pelo dia seguinte, ou mais
tempo ainda.
Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do
calor ou do frio, do abafamento no ônibus lotado, do tempo que levamos
sem comer nada...
Temos que renunciar frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você...!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”.
Temos que renunciar frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você...!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”.
O transito é campeão onde as pessoas perdem a paciência. Por isto
evite, buzinar na rua quando alguém reduz a marcha do veículo e
estaciona inopinadamente; nunca olhe para a cara do “agressor”, do
motorista “barbeiro”. Continue serenamente o seu percurso sem ficar
sabendo se era homem ou mulher, jovem ou velho: vai ver que é difícil
ficar com raiva de uma sombra indefinida; e se, além disso, passada a
primeira reação, se lembra de rezar ao Anjo da Guarda por ele/ela, para
que se torne mais prudente, mais hábil.
Doçura Angélica
Na vida de Nossa Senhora: Se a doçura não tivesse
feito parte da vida de Nossa Senhora, não poderíamos invocá-la como
Augusta Rainha dos Anjos. Ser angélico é uma característica própria do
anjo, por ser puríssimo e imaculado. Contudo, a Virgem Maria, enquanto
criatura, também foi constituída de tais graças. Ela recebeu o poder e a
missão de esmagar a cabeça de Satanás. Ela pode clamar as Legiões
Celestes, que estão às Vossas ordens, para perseguirem e combaterem os
demônios por toda a parte, precipitando-os no abismo.
A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela,
não temos temor. Ela é nossa Mãe plena de doçura. Por isso São Luís de
Montfort lembra que, se Jesus é nosso Redentor e nosso apoio, ela, por
ser nossa mãe, será sempre nossa força. (Vós sois, ó Virgem Mãe. depois
de Deus, o meu apoio).
Forma que devemos agir nesta virtude:
Entendamos a
doçura é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem
cólera. A doçura é antes de tudo uma paz, real ou desejada. É o
contrário da guerra, da crueldade, da brutalidade, da agressividade, da
violência… Mesmo havendo angústia e sofrimento, pode haver doçura. ,
mas sempre desprovida de ódio, de dureza, de insensibilidade…
Devemos então, por doçura, pregar a não violência. Entretanto,
lembre-se... "Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de
lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas)
nos ares". (Ef 6,12)
Sua Caridade para com o Próximo
O amor para com Deus e para com o próximo nos é imposto pelo mesmo
preceito: “E nós temos de Deus este mandamento que o que ama a Deus ame
também o seu irmão” (1 Jo 4, 21). S. Tomás dá-nos a razão: Quem ama a
Deus ama todas as coisas amadas por ele. Disse um dia S. Catarina de
Sena: Meu Deus quereis que eu ame ao próximo e só a vós eu posso amar.
Ao que lhe respondeu o Senhor: Quem me ama também ama tudo aquilo que é
amado por mim. Ora, como nunca houve, nem haverá quem ame a Deus mais
do que Maria, tão pouco nunca houve, nem haverá quem mais do que ela
ame ao próximo.
Lemos nos Cânticos: O rei Salomão fez um trono portátil de madeira
do Líbano...; por dentro, ornou-o do que há de mais precioso, um mimo
das filhas de Jerusalém (3, 9 e 10)
Sobre o texto observa Cornélio a Lápide que o trono portátil é o
seio de Maria, no qual habitou o Filho de Deus, enchendo de caridade
sua divina Mãe, a fim de que ela valesse, com isso, a todos que a
implorassem.
Passou Maria uma vida tão cheia de caridade que socorria aos
necessitados, ainda quando não lhe pediam solícito auxílio. Assim o
fez, por exemplo, nas bodas de Caná. Com as palavras “Eles não têm
vinho”, rogou ao Filho livrasse milagrosamente os esposos do inevitável
vexame. Quão pressurosa era, quando se tratava de socorrer ao próximo!
Quando, movida pelo dever de caridade, foi assistir Isabel, diz o
Evangelho que então “teve pressa em passar pelas montanhas”. Mais
brilhante prova dessa grande caridade não nos pôde dar, do que
oferecendo seu Filho à morte pela nossa salvação. Tanto amou o mundo,
que, para salvá-lo, entregou à morte Jesus, o seu Filho Unigênito, diz
um texto atribuído a S. Boa ventura. De onde assim lhe fala S. Anselmo: Ó
bendita entre as mulheres, tu excedes aos anjos em pureza, e aos
santos em compaixão.
Nem diminuiu esse amor de Maria para conosco, agora que nos céus
se encontra; tornou-se, pelo contrário, muito maior, escreve Conrado de
Saxônia, porque agora conhece mais claramente a miséria humana.
Também o anjo declarou a S. Brígida que não há quem recorra a
Maria sem receber graças de sua caridade. Pobres de nós, se em nosso
favor faltasse à intercessão de Maria! Sem os rogos de minha Mãe, disse
Jesus a S. Brígida, não haveria esperança de perdão para os pecadores.
Bem-aventurado aquele, diz a Mãe de Deus, que ouve a minha
doutrina e observa a minha caridade, para desse modo aprender de mim.
“Bem-aventurado o homem que me ouve e que vela todos os dias à entrada
de minha casa, e que está feito espia as ombreiras de minha porta” (Pr
8, 34).
Para captar a estima de Maria, melhor meio não há, diz S. Gregório
Nazianzeno, do que usar de caridade para com o próximo. Exorta-nos o
Senhor: Sede misericordiosos, assim como também vosso Pai é
misericordioso (Lc 6, 36). Assim parece que Maria diz também a seus
filhos: Sede misericordiosos, como também vossa Mãe é misericordiosa. E
é certo que Deus e Maria usarão conosco da mesma caridade que usarmos
com o nosso próximo. “Dai aos pobres, e dar-se-vos-á... Porque com
aquela mesma medida com que tiverdes medido, se vos há de medir a vós”
(Lc 6,38). Insiste, pois, S. Metódio: Dai aos pobres e recebereis o
paraíso em troca. Escreveu igualmente o apóstolo, que a caridade para
com o próximo nos torna felizes nesta e na outra vida. “A piedade,
porém, a tudo é útil, abrangendo a promessa da vida presente e da
futura” (1 Tm 4, 8). Lemos no livro dos Provérbios: O que se compadece
do pobre dá o seu dinheiro a juros ao Senhor (19, 17). Explicando essa
passagem, diz S. João Crisóstomo: Quem ajuda ao pobre tem a Deus por
devedor.
Ó Mãe de misericórdia, sois cheia de caridade para com todos: não
vos esqueçais das minhas misérias. Vós bem as vedes. Encomendai-me
àquele Deus que nada vos recusa. Obtende-me a graça de poder imitar-vos
na santa caridade para com Deus e para com o próximo. Amém.
Sua Esperança
Da fé nasce a esperança. Pois Deus nos ilumina com a fé, fazendo-nos
conhecer sua bondade e suas promessas, para que nos elevemos pela
esperança ao desejo de possuí-lo. Possuindo Maria a virtude da fé por
excelência, teve também, por excelência, a virtude da esperança. Bem
podia dizer com Davi: Para mim a felicidade é apegar-me a Deus, pôr no
Senhor Deus a minha esperança (Sl 22, 28). Maria foi a fiel esposa do
Espírito Santo, aplaudida nos Cânticos: Quem é esta que sobe do deserto
inundando delícias, e firmada sobre o seu amado? (8, 5). Sobre o texto
diz o Cardeal Algrino: “Maria foi sempre e totalmente desapegada dos
afetos do mundo, que lhe passava por um deserto. Não confiava nem nas
criaturas, nem nos próprios merecimentos, mas só contava com a graça
divina, na qual estava toda a sua confiança. E assim se adiantou cada
vez mais no amor de seu Deus”.
Mostrou, de fato, a Santíssima Virgem quanto lhe era grande essa
confiança em Deus, primeiramente ao ver a perplexidade de S. José, seu
esposo, que, ignorando a misteriosa maternidade de sua esposa, pensava
em deixá-la.
Parecia, então, como já consideramos, ser necessário que lhe
revelasse o oculto mistério. Entretanto ela não quis manifestar por si
mesma a graça recebida, diz Cornélio a Lápide. Preferiu abandonar-se à
Providência divina, na certeza de que o próprio Deus viria defender-lhe
a inocência e a reputação.
Provou ainda sua confiança em Deus quando, próxima ao parto, se
viu em Belém, expulsa até da hospedaria dos pobres, e reduzida a dar à
luz numa estrebaria. “E o reclinou numa manjedoura, porque não havia
lugar para eles na estalagem” (Lc 2, 7). Nem a menor queixa lhe escapou
dos lábios. Abandonou-se pelo contrário, completamente nas mãos de Deus
e confiou que então a assistiria nesse transe.
Igual confiança mostrou também na Providência quando S. José a
avisou de que era necessário fugir para o Egito. Ainda na mesma noite,
partiu para a longa e penosa viagem a um país desconhecido, sem
provisões, sem dinheiro e sem outro acompanhamento senão o do Menino
Jesus e de seu pobre esposo. “E levantando-se, José tomou consigo,
ainda noite, o Menino e sua Mãe e retirou-se para o Egito” (Mt 2, 14).
Melhor ainda demonstrou, porém, sua confiança, quando pediu ao
Filho o milagre do vinho em favor dos esposos de Caná. Disse-lhe
apenas: Eles não têm vinho. Ao que respondeu Jesus: Que nos importa
isso, a mim e a ti? Minha hora ainda não chegou (Jo 2, 4). Apesar da
aparente repulsa, confiada na divina bondade, ordenou a Virgem aos
servos que fizessem resolutamente o que lhes ordenasse o Filho. Pois
era garantida a graça rogada. Com efeito, Cristo Senhor mandou encher
com água os vasos e depois a mudou em vinho.
Aprendamos, portanto, de Maria, como ter esperança em Deus, principalmente no grande assunto da salvação eterna.
Para resolvê-lo, é indispensável a nossa cooperação; contudo só de
Deus devemos esperar a graça para consegui-lo. Desconfiando de nossas
próprias forças, devemos dizer com o apóstolo: Tudo posso naquele que
me fortifica (Fl 4, 13).
Prudência e Justiça
“A prudência em Maria dirigia todos os seus atos para o fim
último sobrenatural, sem qualquer desvio. A Igreja A chama Virgo
Prudentíssima.
“ A justiça, Ela a exerceu evitando toda falta contrária a esta
virtude, observando todas as prescrições da lei, mesmo a da
purificação, quando não tinha nenhuma necessidade de ser purificada, e
ordenando toda a sua vida para o bem maior de seu povo e da humanidade a
ser regenerada.
Fortaleza
“A força ou a firmeza da alma que não se podia deixar abater pelos
maiores perigos, pelos quais duros trabalhos e pelas mais penosas
aflições, apareceu em Maria num grau não menos eminente, sobretudo
durante toda a Paixão do Salvador, quando Ela permaneceu de pé junto à
Cruz sem desfalecer, segundo o testemunho de São João (XIX, 25).
Sabe-se que Caetano escreveu um opúsculo De spasmo Virginis, contra a
opinião segundo a qual Maria teria desmaiado no caminho do Calvário.
Medina, Tolet, Suárez, e o conjunto de teólogos, rejeitaram igualmente
esta opinião.
“ A Santíssima Virgem foi sustentada pelas inspirações do dom de
fortaleza, a ponto de merecer, pelo martírio do coração, o título de
Rainha dos mártires, pois interiormente participou das dores de seu
Filho, mais profundamente e mais generosamente que todos os mártires em
seus tormentos exteriores. É o que a Igreja rememora na festa da
Compaixão da Santíssima Virgem, e na das Sete Dores de Nossa Senhora,
particularmente no Stabat, onde soa: "De Cristo que eu carregue a
morte, suas chagas a venerar e de sua paixão seja consorte. De suas
chagas seja eu ferido, da cruz inebriado, e do sangue de vosso Filho".
É o mais alto grau da força, da paciência e da magnanimidade ou grandeza de alma, na mais extrema aflição.
É o mais alto grau da força, da paciência e da magnanimidade ou grandeza de alma, na mais extrema aflição.
Sua Pobreza
Nosso amoroso Redentor, para ensinar-nos a desprezar os
bens do mundo, quis viver pobre na terra. “Por vosso amor Cristo se
fez pobre, a fim de que vós fôsseis ricos” (2 Cor 8, 9). Daí a
exortação do Senhor a quantos o querem seguir: Se queres ser perfeito,
vai, vende o que tens, e dá-o aos pobres (Mt 19, 21). Maria, sua mais
perfeita discípula, também lhe quis seguir o conselho.
Com a herança de seus pais, teria ela podido viver
folgadamente, como prova S. Pedro Canísio. Preferiu no entanto ser
pobre, muito pouco reservando para si e o mais distribuindo em esmolas
ao templo e aos pobres. Afirmam muitos autores que a Virgem fez voto de
pobreza. De fato, nas revelações de S. Brígida lemos estas palavras de
Maria: Desde o começo prometi a meu Senhor nada possuir neste mundo:
Não deviam certamente ter pouco valor os presentes dos Santos Magos.
Fê-los, porém, a Senhora repartir com os pobres, pelas mãos de S. José,
conforme atesta S. Antonino. Que os distribuiu imediatamente, prova-o a
oferta que trouxe quando da apresentação no templo. Não ofertou o
cordeiro, que era o presente dos ricos, imposto pelo Levítico, mas as
duas rolas ou pombas, oferta dos pobres (Lc 2, 24). O que possuía —
disse a Virgem Santíssima a S. Brígida — dei-o aos pobres; só guardei o
indispensável para vestir e comer.
Por amor à pobreza também não recusou desposar um
pobre carpinteiro, qual foi S. José; sustentou-se por isso com o
trabalho de suas mãos, fiando ou cosendo, como escreveu Boaventura
Baduário
Conforme as palavras do anjo a S. Brígida, os bens
deste mundo não valiam para Nossa Senhora mais do que cisco. Em suma,
ela viveu sempre pobre e pobre morreu. Pois não se sabe que por sua
morte deixasse outra coisa, senão duas pobres vestes a duas mulheres
que a tinham assistido durante a vida, como referem Nicéforo e
Metafrasto.
De S. Filipe Néri é a sentença que diz: Aquele que ama as riquezas nunca há de ser Santo.
E quem anda atrás das coisas perdidas, acrescenta S.
Teresa, também se perde. Pelo contrário, na sua opinião, a virtude da
pobreza é um bem que encerra todos os outros bens. Eu digo a virtude da
pobreza, porque esta, segundo S. Bernardo, não consiste somente em ser
pobre, mas em amar a pobreza. Por isso Jesus Cristo exclamou:
Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus
(Mt 5, 3). Bem-aventurado porque em Deus encontra todos os bens, quem
só a ele quer. Sim, encontra na pobreza o paraíso na terra, como S.
Francisco de Assis o dizia: Meu Deus e meu tudo! Amemos, pois, esse
único bem, em que todos os bens estão encerrados, aconselha-nos S.
Agostinho. Só peçamos ao Senhor seu santo amor, a exemplo de S. Inácio:
Dá-me, Senhor, tua graça e teu amor e eu serei mais do que rico. Se
nos afligir a pobreza, consolo nos seja o pensamento de Conrado de
Saxônia, de que pobres como nós foram também Jesus e Maria.
Ah! Minha Mãe Santíssima, bem razão tínheis de dizer,
que em Deus estava a vossa alegria. Pois neste mundo não ambicionastes,
nem amastes a outro bem, senão a Deus. Ó Senhora minha, desapegai-me
do mundo, e atraí-me para vós, a fim de que eu ame esse Bem único, que
merece ser amado unicamente.
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